terça-feira, agosto 29, 2006
sexta-feira, agosto 25, 2006
A L V I T O
FESTAS POPULARES EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Vão-se realizar, nos dias 25, 26 e 27 de Agosto, as já tradicionais Festas da Vila de Alvito. Sendo este ano, a organização da responsabilidade da Associação Juvenil Nova Geração. As principais atracções, das Festas Populares em Honra de Nossa Senhora da Assunção, serão as Garraiadas, o Grupo de música tradicional “Adiafa”, os tradicionais bailaricos e uma sessão de autógrafos com os actores “Bia” e “Lourenço” da série Morangos com Açúcar .
quarta-feira, agosto 23, 2006
Tu eras também...
quinta-feira, agosto 17, 2006
ESTA MANHÃ ENCONTREI O TEU NOME NOS MEUS SONHOS...
Foto de Paulo Cesar-Olhares
Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos
e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo
doeu-me onde antes os teus dedos foram aves
de verão e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha
camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração
que era o resto da vida - como um peixe respira
na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida
foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti
é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara
um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo
um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama
e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos,
mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota
as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.
Maria do Rosário Pedreira
segunda-feira, agosto 14, 2006
Foto de Stefan Haffner
TARDE
É tarde?...não sei…
Muitos ocasos passaram,
Mas madrugadas claras
Renovam-se todos os dias,
E dentro de nós a paixão
Que tu ou eu não quisemos,
E que julgámos passado
É uma dor latente
Que nos torna em ausentes
Do mundo que agora nosso
Sentimos não nos pertence.
A madrugada clara,
Que deixámos abalar,
Tornou-se escuridão
Que não queremos aceitar.
Embora com luz difusa
Os dias vão-se passando,
O teu olhar, esse não,
Não me sai do pensamento,
E os beijos que nesse tempo
Procurávamos ansiosos,
São hoje a recordação
Que sentimos bem presente
Do tempo que radioso
Tornámos escuridão.
OLINDA-05/06
sexta-feira, agosto 11, 2006
AGUARELA
Quando, a esta hora, o dia abala lentamente
pelo Tejo fora, num barco distraído,
a tarde deixa no crepúsculo penas de vermelho
do sol que voou, pousando do céu para o mar.
E lá no horizonte, as velas das nuvens,
que demoram, ainda agora, acesas na claridade,
dão tempo às luzes dos candeeiros das avenidas
e aos pássaros boémios das árvores da cidade.
(Sebastião Penedo – Poesia)
segunda-feira, agosto 07, 2006
PENÉLOPE
foto de Dave Levingston
Penélope
mais do que um sonho: comoção!
sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
e recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
David Mourão Ferreira
quinta-feira, agosto 03, 2006
Foto de A. M. Catarino - 1000 Imagens
À Beira-Mar Plantada
A casa até parece não ter dono!
Sem portas, sem janelas e sem telhas,
Já nem é casa, são paredes velhas
Nas insensíveis mãos do abandono.
Não satisfeito com a pouca sorte
Daquilo que foi casa e são ruínas,
Atira-lhe palavras assassinas
Durante toda a noite o vento norte.
Os mochos, e outras aves agoirentas,
Vêm ferir, nas horas sonolentas,
O sono que era bem que fosse um grito…
E entre palhuço, terra e velhos cacos,
As ratazanas criam nos buracos
Das míseras paredes que eu habito.
António Celso
terça-feira, agosto 01, 2006
Foto de João Carlos Espinho
ALENTEJO
No meio da planura
De céu azul e carmim
Cresci eu, a desventura
E uma réstea de esperança,
Que as Primaveras vividas
Felizes e bem sentidas,
Fossem auroras claras
Dum Verão ardente
Num Alentejo bem quente,
Que incendeia o coração
E a alma desta gente,
Que olha o Outono
Não, como um retorno,
Mas como a aventura
Duma nova viagem,
Tendo em si a miragem
Que do castanho do arado
Virá uma vida nova,
Que a todos lembrará
Que a vida, como o Alentejo
É esperança e amargura,
Coragem e renovação,
Como a força desta gente
Que está sempre presente
P`ra que o trigo dê pão.
(Olinda Bonito - 06/06)
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